Lula cobra da Anvisa mais agilidade na aprovação de remédios
- 24/08/2024
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O processo de aprovação de medicamentos pela Anvisa leva em média 18 meses, podendo chegar a dois anos.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pela demora na liberação de medicamentos no Brasil. Atualmente, o processo de aprovação de medicamentos pela Anvisa leva em média 18 meses, podendo chegar a dois anos em alguns casos.
“Quando algum companheiro da Anvisa perceber que algum parente dele morreu porque um remédio que poderia ser produzido aqui não foi porque eles não permitiram, aí a gente vai conseguir que ela seja mais rápida e atenda melhor os interesses do nosso país”, afirmou Lula durante a inauguração de uma fábrica da EMS em Hortolândia (SP), nesta sexta-feira (23).
Lula destacou a importância de agilizar o processo para que os brasileiros tenham acesso a novos tratamentos mais rapidamente. Ele afirmou que a lentidão da agência pode prejudicar a saúde pública, sugerindo que funcionários da Anvisa entenderiam a gravidade da situação se vissem familiares necessitando de medicamentos que ainda não foram aprovados.
Lula aproveitou o evento para defender o uso das compras públicas do Sistema Único de Saúde (SUS) como forma de incentivar a indústria farmacêutica nacional. Ele afirmou que o SUS tem o potencial de desenvolver uma indústria capaz de competir globalmente e criticou a dependência do Brasil de insumos e medicamentos estrangeiros.
O governo brasileiro projeta investimentos de R$ 57,4 bilhões até 2026 no Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS), com o objetivo de expandir a produção nacional e diminuir a dependência externa. A fábrica visitada por Lula em Hortolândia pretende produzir moléculas de liraglutida e semaglutida, usadas no tratamento de obesidade e diabetes, como parte desse esforço de fortalecer a indústria nacional.
Durante a pandemia de Covid-19, a agência ganhou notoriedade ao aprovar vacinas e medicamentos, mas entidades do setor farmacêutico têm se queixado da morosidade na análise e liberação de novos produtos.
Bahia.Ba
